A 2iM está orgulhosa em representar o Brasil na conquista do prêmio VBHC Dragons Endorsement, o maior reconhecimento mundial da área de Value-Based Healthcare. Nesse projeto, atuamos em parceria com a Cassems e a UCB para aprimorar o modelo de gestão da saúde e entregar valor real aos pacientes com Artrite Reumatóide. Estamos empolgados com essa conquista e ansiosos para continuar inovando e melhorando a qualidade do cuidado de saúde no Brasil e no mundo!🏆
O Prêmio VBHC Dragons Endorsement é uma categoria especial do VBHC Prize que foi introduzida em 2019. Ele reconhece iniciativas inspiradoras que estão em estágio inicial, mas têm o potencial de se tornarem líderes dentro de sua proposta. 🙌🏼💪🏼
A categoria Dragons Endorsement é a única que incentiva a inovação e o empreendedorismo na área da saúde, oferecendo um prêmio em dinheiro para a iniciativa vencedora. O prêmio é concedido por um júri composto por líderes de opinião internacionais e especialistas em VBHC. A ideia é que o prêmio impulsione essas iniciativas a alcançar seu potencial máximo e a mudar a forma como a assistência à saúde é prestada em todo o mundo.
Conheça o case:
A 2iM desenvolveu uma plataforma de análise de dados de saúde que suporta a construção de linhas de cuidados e publicou o “Health Value Score (EVS)”, uma fórmula que avalia o Índice de Qualidade (IQ) – indicadores de processos, resultado e a experiência do paciente – relacionada ao Índice de Custeio (IC) – indicadores de custo – com método MCDA, aplicável em diversas condições médicas. A CASSEMS, operadora de saúde com 200.000 vidas, vinculada à UNIDAS (rede brasileira que coordena 4 milhões de vidas), foi escolhida para implantar uma linha de cuidado para artrite reumatóide, com financiamento da indústria farmacêutica, visando a adoção da VBHC para pagamentos baseados em valor e contratos de compartilhamento de risco.
No projeto piloto, foram selecionados 112 pacientes, totalizando 133 consultas no período de janeiro a outubro de 2022. Com base em critérios clínicos e terapêuticos, os pacientes foram divididos em clusters, acompanhados em ciclos trimestrais pelas etapas terapêuticas da doença. Para eficiência do processo, alertas são disparados para o gestor/paciente quando uma meta de atendimento não é atingida. Completando a avaliação de qualidade, o resultado do DAS-28 foi analisado como desfecho, além dos PREMs e PROMs como experiência do paciente.
Para cada ciclo, o EVS é calculado alocando 70% do peso para IQ e 30% para IC. Finalmente, a pontuação é traduzida em uma escala de 0 a 5. Os principais resultados observados foram:
Eficiência do processo:
- 49 pacientes (44%) perderam o acompanhamento em 4 meses.
- 29 pacientes (26%) não tiveram o DAS-28 registrado na última consulta. A partir de agosto, após um ciclo de feedback, todas as consultas tiveram o DAS-28 registrado.
Resultados:
- 46 pacientes (41%) tiveram DAS-28 em remissão, 16 (14%) em baixa atividade da doença, 17 (15%) em moderada atividade da doença, 4 (4%) em alta atividade da doença e 29 (26%) não medido.
Experiência do paciente:
- PROMs e PREMs foram coletados em 7 consultas, com desempenho médio de 64%.
Custos:
- O custo médio por ciclo com medicação foi de $1.852,71.
- O custo médio por ciclo envolvendo DMARDs convencionais foi de $194,41. Valores até $288,46, ou até 3 DMARDs combinados sem leflunomida, receberam pontuação de 100%.
- O custo médio por ciclo envolvendo imunobiológicos ou biossimilares foi de $2.625,63. Valores de até $1.538,46 foram estabelecidos para 100% do escore, e de $ 1.538,46 a $2.307,69 para 50% do escore, pois os dois imunobiológicos mais utilizados estão localizados nesta faixa de valor.
EVS:
- O EVS médio por ciclo terapêutico foi de 2,31. Dentre os 2 imunobiológicos mais utilizados, responsáveis por 51% do market share, tivemos os seguintes resultados:
- O imunobiológico mais utilizado (24 pacientes) teve um custo médio de $2.209,04 por ciclo, com EVS de 2,70 (57% QI e 48% IC).
- O segundo imunobiológico mais utilizado (12 pacientes) teve um custo médio de $ 1.540,69 por ciclo, com EVS de 3,21 (54% QI e 88% IC).
A aplicação do EVS na avaliação de linhas de cuidado mostrou-se viável para analisar dados da vida real, avaliando valor em saúde e possibilitando a adoção de programas VBHC.
Veja mais em: https://vbhcprize.com/health-value-score-implementation-in-brazil/