Há 10 anos, quando nascia a 2iM Inteligência Médica, o planeta chegava à marca de 7 bilhões de habitantes. Ao longo desse tempo, mais 600 milhões de pessoas somaram-se à conta. Prover acesso aos serviços de saúde para toda essa população é um desafio prevalente, em maior ou menor grau, para todas as nações, independentemente de suas configurações sociais, políticas ou econômicas.
Acessibilidade em saúde é um componente estrutural básico nessa cadeia, intimamente ligado aos custos dessa oferta. O elemento que torna essa equação ainda mais complexa é garantir, ao mesmo tempo, a melhor experiência assistencial para o paciente, tanto pela qualidade de como essa oferta é entregue, sob o prisma da estrutura, dos processos e dos resultados, quanto pela sua percepção de qualidade. Em resumo, é o impasse da entrega do melhor desfecho possível que realmente importa ao paciente pelo menor custo possível.
A 2iM nasceu com esse propósito: municiar gestores e profissionais de saúde com dados que os auxiliem na implementação de modelos assistenciais de saúde baseados em valor.
Fundada em 2011, a partir de um spin-off da Impacto Tecnologias Gerenciais em Saúde, a 2iM logo passou a ser uma start-up na Incubadora Tecnológica (INTEC) do Instituto de Tecnologia do Paraná (TECPAR), graduando-se em 2015 e tornando-se uma scale-up em 2017, com aporte de investimentos do Fundo Primatec. E segue firme na missão de sedimentar o seu propósito: que é de ajudar na construção de um sistema de saúde sustentável gerando valor às pessoas que o utilizam.
Ao longo da última década, a 2iM vem medindo qualidade e performance em saúde através de uma metodologia que tem se mostrado consistente e estruturada. A base dessa metodologia foi publicada no livro “Pagamento por Performance: o desafio de avaliar desempenho em saúde” (ABICALAFFE, 2015) e está em constante evolução. Ela tem sido amplamente utilizada, em todo o Brasil, por uma centena de hospitais, inúmeras operadoras de planos de saúde e conta com mais de 40 mil médicos avaliados durante esse trajeto.
Do início aos dias de hoje, muita coisa evoluiu, mas a lógica essencial proposta pelo modelo 2iM se mantém: avaliando-se a qualidade assistencial sempre sob uma perspectiva multidimensional. Porém, a necessidade de medir os desfechos ganhou ênfase na difusão do conceito de VBHC (Value-Based Healthcare), ou Saúde Baseada em Valor, da mesma forma em que aponta para a importância de considerar os custos na produção desses desfechos. Nessa nova abordagem, o paciente com uma condição clínica passa ter um papel fundamental e também é avaliado, juntamente com os prestadores de serviços e as tecnologias utilizadas.
É, portanto, nossa grande conquista nesses 10 anos de trajetória, a possibilidade de disponibilizar ao mercado ferramentas que monitoram e avaliam, de forma efetiva, indicadores de qualidade em saúde relacionando-os aos indicadores de custeio, gerando assim o Escore de Valor em Saúde: uma métrica consistente e robusta para a medição do valor assistencial entregue.
Certamente, o sucesso dessa jornada não teria sido possível sem o apoio dos colaboradores, parceiros e clientes da 2iM. Esse reconhecimento só faz sentido quando compartilhado. Juntos construímos um sistema de saúde mais acessível e abrangente, focado na melhor experiência para os pacientes. E, claro, comprometido com sua sustentabilidade. Que venham mais de 10 anos!